ATA DA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM
20-02-2013.
Aos vinte dias do mês de
fevereiro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Derly, Jussara Cony, Luiza Neves, Mario
Fraga, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Prof. Alex
Fraga, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein.
Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Any
Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto,
João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D’Avila, Professor Garcia e Waldir Canal. Do
EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 246 e 247/12, do senhor Ruben
Danilo de Albuquerque Pickrodt, Superintendente Regional da Caixa Econômica
Federal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Tarciso Flecha
Negra, Paulinho Motorista, Pedro Ruas, Clàudio Janta, Sofia Cavedon, Engº
Comassetto, Idenir Cecchim, Airto Ferronato, Paulo Brum e Jussara Cony. Na
ocasião, foi apregoado o Memorando nº 014/13, de autoria do vereador Engº
Comassetto, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo, hoje, na inauguração do Núcleo de
Abrigos Residenciais (NAR) Luiz Fatini, às dezesseis horas, em Porto Alegre.
Também, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Reginaldo Pujol,
solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias de hoje e amanhã. Às
quinze horas e dezesseis minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 014/13 (Processo nº
0363/13), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Pedro Ruas, Valter
Nagelstein, Alberto Kopittke, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Mônica Leal e
Clàudio Janta. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 013/13 (Processo nº
0362/13), após ser encaminhado à votação pela vereadora Luiza Neves e pelos
vereadores Elizandro Sabino, Prof. Alex Fraga, João Derly e Airto Ferronato. Em
Votação, foi aprovado o Requerimento nº 035/13 (Processo nº 0616/13), após ser
encaminhado à votação pelos vereadores Mario Fraga e Mauro Pinheiro. Em
Votação, foi aprovado o Requerimento nº 034/12 (Processo nº 0956/12), por
dezoito votos SIM e três votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos
vereadores Márcio Bins Ely, Valter Nagelstein e Delegado Cleiton, em votação
nominal solicitada pelo vereador Clàudio Janta, tendo votado Sim os vereadores
Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Guilherme Socias
Villela, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio
Bins Ely, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein e Não os vereadores
Clàudio Janta, Delegado Cleiton e Prof. Alex Fraga. Às dezesseis horas e trinta
e um minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 007/13, 185/11, este discutido pelo vereador Alberto
Kopittke, e 207/11, este discutido pelos vereadores Clàudio Janta e Alberto
Kopittke, e o Projeto de Lei do Executivo nº 004/13; em 2ª Sessão, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 038/06, discutido pelo vereador Clàudio Janta, e os
Projetos de Lei do Executivo nos 059/12 e 003/13. Durante a Sessão,
o vereador Valter Nagelstein e a vereadora Sofia Cavedon manifestaram-se acerca
de assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário,
das senhoras Caroline e Andréia Vendruscolo e dos vereadores Caio Ferreira
e Wilson Moraes, da Câmara Municipal de Bagé – RS. Às dezesseis horas e quarenta e quatro
minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo, Sofia Cavedon e
Airto Ferronato e secretariados pelos vereadores João Carlos Nedel, Clàudio
Janta e Pedro Ruas. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras e público que nos assiste.
Esta minha fala era para ter sido feita na segunda-feira, porque, na página 12
do jornal Zero Hora, saiu matéria sobre a segurança dos bancos, e eu tenho uma
Lei, a nº 11.188/12, PLL nº 1852/10,
que dispõe que o estabelecimento bancário de Porto Alegre deva instalar, em
seus caixas, um box ou dispositivo
que impossibilite que a operação realizada pelo usuário seja visualizada por
outras pessoas.
Essa Lei foi aprovada pelos 36 Vereadores nesta
Câmara, foi sancionada e hoje ajuda a dar segurança para o usuário do banco
quando ele sai do caixa. Às vezes, tem aquele indivíduo todo bem vestidinho,
com um celular... a gente acha que ele é um médico, e é o que liga para fora.
Aí, na saída do banco... Tem acontecido muito, eu tenho visto muito isso ali no
Centro. Eu fui um desses usuários do banco, só que eu contava o meu dinheiro,
mas de uma forma que seria difícil perceber, e saía mostrando uma nota de R$
10,00, porque aí deveriam pensar “aquele negrão só tirou R$ 10,00, R$ 20,00,
esse não me serve, esse é pobre”. Mas, enfim, gente, não é brincadeira! Então,
essa Lei está sancionada.
Na sexta-feira, vou ter um debate aqui na Câmara de
Vereadores juntamente com o Presidente do Sindicato dos Bancários para que a
gente possa fiscalizar. Não adianta o Vereador fazer uma lei, a lei ser
sancionada pelo nosso Prefeito, o Vereador ficar cuidando... Eu vou aos bancos,
cuido se há os boxes nos caixas, Ver.
Alex, mas não adianta só um Vereador. Eu acho que isso é para todos nós, todos
nós temos que fiscalizar os bancos, e também cobrar, essa é a verdade, porque,
senão, a lei é aprovada, sancionada, e nada acontece!
E há uma lei, de minha autoria também, envolvendo
senha de banco, em que a pessoa chega ao banco e recebe uma senha. A senha tem
horário, e o cliente tem 20 minutos para ser atendido. Em dias de pagamento –
funcionários públicos, aposentados –, existe uma tolerância maior, e o cliente,
sentindo-se prejudicado, pode ir ao Procon e reclamar.
Então, temos que fiscalizar para que as leis que
nós, Vereadores aprovamos aqui aconteçam, porque essas leis são para o povo,
para todos nós que somos usuários, clientes dos bancos. E os bancos têm
condições de fazer. Por isso, na sexta-feira, terei um debate, uma reunião com
o Presidente do Sindicato dos Bancários.
Também gostaria de comentar que, hoje pela manhã,
ao ler o jornal Zero Hora, o Correio do Povo, o Jornal do Comércio, que alegria
eu tive! Porque eu tive aprovei o Projeto do kit escolar para famílias de menos de dois salários mínimos, e
agora, parabéns, Secretaria da Educação, parabéns mesmo pelos uniformes que
serão dados desde o berçário até o Ensino Fundamental. Que maravilha! Não vai
haver aquele tipo de bulling na escola “porque eu tenho uma roupa melhor, tenho
um sapato melhor, o tênis melhor, a camisa melhor”. Assim fica todo mundo
igual! Então, que maravilha, parabéns, à Secretária de Educação, parabéns a
todo esse pessoal. Eu fico muito contente porque, na área da Educação, no de
ensino, Porto Alegre começa a mostrar essa grande capital que é, uma capital
que cuida do seu povo, que cuida das suas crianças. Ver.ª Sofia Cavedon,
levamos os uniformes para toda a rede de Ensino Fundamental, creches e
berçários. Todos terão seu uniforme escolar. Parabéns. Isso me deixa muito
contente. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa-tarde a todos. Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhores servidores da Casa, minha pauta hoje é em relação a assunto com o qual
convivi por 24 anos. Foram 24 anos da minha vida tendo que me virar com um
trabalho árduo com um salário que de longe não compensa o esforço e o trabalho
que é passar horas e horas fazendo o mesmo movimento repetidas vezes por mais
de 8 horas diárias no stress do
trânsito e, a cada hora, a tensão de um possível acidente, com a
responsabilidade de transportar e cuidar de centenas de vidas diariamente, sem
falar na dificuldade de lidar com uma variedade incontável de pessoas, o que
sempre é bastante difícil.
Quero dizer com isso que, sabendo
muito bem da realidade e das dificuldades do dia a dia dos trabalhadores
rodoviários, defendo a valorização dos colegas profissionais desta categoria,
para que, com isso, possam realizar o seu trabalho em melhores condições.
Assim, deixo o meu apoio e minha solidariedade aos colegas rodoviários, dizendo
que estou junto na luta. Sei o que passam e sei que são merecedores de um
salário digno e justo.
Entretanto, por outro lado, em
toda minha carreira profissional como motorista, história de que tenho muito
orgulho, sempre procurei, em meu dia, priorizar a dia, a atenção ao passageiro,
o usuário do transporte coletivo, os trabalhadores em geral, os estudantes,
aposentados e todos aqueles que fazem uso desse serviço.
Por fim, faço referência ao
possível aumento da tarifa, em discussão neste momento, fato que tem a ver com
toda essa situação gerada na categoria, sendo que a passagem tem subido
historicamente num percentual sempre bem maior do que o aumento concedido aos
trabalhadores do setor rodoviário. Essa conta não está batendo!
Aproveito para cumprimentar o
nosso Prefeito, José Fortunati, por ter descartado publicamente, no dia de
hoje, inclusive com destaque na mídia estadual, o aumento da tarifa para R$
3,30. Sem entrar nos detalhes técnicos previstos em lei que estabelecem as
situações possíveis das empresas do setor solicitarem aumento de tarifa, há que
se considerar que o Governo Federal instituiu recentemente a desoneração
tributária da folha de pagamento para o transporte rodoviário, diminuindo a
carga tributária para as empresas, o que contribui para diminuir os custos das
empresas e também deve ter impacto no preço da passagem.
Por isso, estou
priorizando este assunto no meu mandato, sendo que amanhã terei encontro com o
Presidente da EPTC, Secretário Vanderlei Cappellari. Estamos discutindo com o
Governo Municipal, os representantes do setor, trabalhadores e empresários, e
especialmente com a população, para que achemos o melhor ponto de equilíbrio
nesta equação, algo que tem que ser estudado com muito cuidado e consciência de
todas as questões referentes e acertado com muita transparência e diálogo, onde
todos os envolvidos no processo possam ser ouvidos dê uma forma justa e digna.
Isso quer dizer que se tem que pensar no aumento do rodoviário, tem-se que
pensar no que a população está passando neste momento, como ontem, quando foi
até diminuída a tal da operação-padrão para poder chamara a atenção da
população, mas a população também necessita do serviço rodoviário, do serviço
dos ônibus para que eles possam se deslocar para o seu trabalho. Quero dizer
publicamente que sempre estou ao lado dos rodoviários, com os quais convivi 24
anos, e não seria agora que eu iria virar as costas para os meus colegas. Conto
com a dos meus colegas Vereadores e Vereadoras para que essa situação chegue a
um fim de maneira que não venha prejudicar nem o rodoviário, nem o passageiro,
que é a população que nos elegeu, que nos colocou aqui na Câmara para trabalhar
para eles. É o que eu tenho a dizer, boa-tarde a todos. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Meu caro Sr. Presidente, Ver. Airto Ferronato; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, público que nos assiste; Porto Alegre tem vivido alguns dias
difíceis recentemente, e são por conta de algo que falou agora o Ver. Paulinho
Motorista. Na verdade, nós temos uma situação que se repete a cada fevereiro em
nossa Cidade, ou seja, o aumento das tarifas de ônibus. Todo dia 1º de
fevereiro de cada ano, nós temos um reajuste nas tarifas de ônibus em Porto
Alegre. Essa situação se torna tão mais absurda agora, porque: primeiro, o
pedido de aumento é de 14,8%, quase 15%, portanto, muitíssimo superior à
inflação do período. Segundo, nós estamos completando 24 anos desde o
vencimento da última permissão a título precário, ou seja, nós estamos há 14
anos sem licitação para o sistema de transporte rodoviário de passageiros de
Porto Alegre. Não é demais lembrar, Vereadores e Vereadoras, Ver.ª Séfora Mota,
que nós temos a Constituição Federal; a Lei Federal nº 8.666, de 1993; a Lei
Municipal nº 8.133, de 1998, que criou a EPTC, e que estabelece como
imprescindível o processo licitatório para que haja a exploração, na área
privada, do transporte coletivo de passageiros; ou seja, não é possível que nós
estejamos completando, agora, o 24º ano sem licitação para o transporte público
coletivo de passageiros em Porto Alegre. Esse é um serviço público que pode ser
delegado, que pode ser permissionado mediante licitação de melhor serviço e
menor preço, e nós não temos o imprescindível em Porto Alegre, qual seja, a
licitação. Ano após ano, nós fazemos protestos, viemos a esta tribuna,
colocamos artigos em jornais. Em 2011, junto com alguns outros Vereadores, eu
sou parte, advogado no processo, ajuizei uma Ação Popular estabelecendo
exatamente isso: que não poderíamos ter reajuste de tarifas em Porto Alegre,
enquanto não houvesse a licitação, que a Constituição Federal, a Lei Federal e
a Lei Municipal tornam obrigatória. Neste ano, entretanto, houve uma diferença:
o Tribunal de Contas, através de uma auditoria séria, tecnicamente impecável,
isenta político-partidariamente, chegou à conclusão, após semanas de estudos,
de que a tarifa em Porto Alegre poderia ser, no máximo, de R$ 2,60. Essa é a
conclusão do Ministério Público de Contas, essa é a conclusão da auditoria do
Tribunal de Contas, portanto, não sendo questionada, e não foi. Este é o valor
que pode ser praticado em Porto Alegre: R$ 2,60. Lembrando que, neste momento,
o custo tarifário é de R$ 2,85.
Nós já estamos, Ver. Mauro Pinheiro, com R$ 0,25 a
mais, Ver. Marcelo Sgarbossa, do que a auditoria do Tribunal de Contas chegou à
conclusão, e do que o Ministério Público de Contas também concluiu. E, ainda
assim, os empresários do transporte coletivo pedem um aumento de quase 15% nas
tarifas de ônibus em Porto Alegre, aumento que será pago, como sempre, se for
concedido, pela população mais pobre, população mais carente, população mais
necessitada, Ver. Clàudio Janta, na nossa Cidade.
Então, nós temos que ter uma posição, sim, de
protesto com relação a mais esse pedido de aumento, e sermos inflexíveis com
relação a qualquer reajuste enquanto a definição do Tribunal de Contas não
ocorrer em nosso Estado, na nossa Capital. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Dr. Thiago assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Pedro Ruas.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Boa-tarde, Vereadoras e Vereadores! Sr. Presidente, Dr. Thiago,
continuamos sem ar-condicionado, sem água, vamos ficar sem café a partir de
amanhã. Parece o Titanic a nossa Casa do Povo!
Ontem, tive o privilégio de participar do programa
Conversas Cruzadas como dirigente sindical que sou nesta Cidade, neste Estado.
O programa tratava da questão da paralisação dos rodoviários de Porto Alegre no
dia de ontem, quando a população operária desta Cidade, que é quem usa o
transporte, foi prejudicada. Uma reivindicação justa a dos trabalhadores
rodoviários, esses trabalhadores que, no dissídio coletivo deste ano, não
querem somente discutir o reajuste salarial, um reajuste que vai significar, no
bolso desses trabalhadores, motoristas, R$ 130,00, e dos cobradores, R$ 78,00.
Eles querem discutir, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, as condições reais de
trabalhado dos trabalhadores de transporte. Quando chegam ao fim de linha de ônibus, essas pessoas, que carregam sob sua responsabilidade,
numa viagem, a vida, a segurança de cento e poucas pessoas; se for um ônibus
minhocão, chega a mais de duzentas pessoas. E, quando chegam num fim de linha,
esses trabalhadores não têm um banheiro para fazer as suas necessidades; não
têm um local para tomar uma água; não têm um local para esquentar a sua comida,
nem um banco onde se sentar. São condições mínimas que esses trabalhadores
pedem. Assim como condições mínimas de segurança, porque são assaltados; há um
grande número de trabalhadores afastados; o transporte em Porto Alegre, há mais
de duas décadas, não há a concessão de novas linhas. O as linhas de ônibus são
esticadas, é um transporte puxa-puxa; ao invés de novas linhas de ônibus, as
linhas são ampliadas, esticada. Isto até pode ser feito depois do horário de
pico, mas às 7h ou às 18h30min, quando as pessoas estão indo ou voltando do
trabalho, não pode! E quanto à dignidade do trabalhador rodoviário, que ao
chegar num final de linha, como a do Shopping
Iguatemi, que quando está fechado, os trabalhadores não têm um banheiro
próximo para ir. É necessário se discutir isso, é necessário vermos o cálculo
real da passagem, principalmente, porque esta passagem é a segunda mais cara do
Brasil, e essa Casa tem a responsabilidade de discutir as isenções nas
passagens. Por exemplo, os estudantes que estão no trecho das linhas da Nilo
Peçanha, Ipiranga e Osvaldo Aranha são os que registram o maior número de
isenções de transporte coletivo! Queremos discutir a isenção pela renda das
pessoas, nós queremos discutir a isenção para aquele trabalhador pobre, que
recebe bolsa-família, que precisa se deslocar para fazer hemodiálise ou
qualquer outro tratamento; ou que o filho precisa estudar e não tem sequer o
dinheiro para fazer o TRI ou o cartão de transporte escolar. Então, é
necessário que esta Casa discuta a questão do transporte e a questão das
isenções. Com força e fé nós vamos melhorar a vida dos trabalhadores de Porto
Alegre e do Brasil.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Janta. Eu quero agradecer a visita do Ver. Caio
Ferreira, 1º Secretário da Câmara de Bagé, e do Ver. Wilson Moraes,
Vice-Presidente da Câmara de Bagé, que vêm nos trazer o convite para participar
do Movimento Nacional em Defesa da Energia Elétrica, produzida através do
carvão mineral nacional e energia eólica. Já combinamos com eles que um dos
seminários será em Porto Alegre. Quero agradecer muito a presença de vocês e
quero dizer que esta Câmara da Capital, que é a Capital de todos os gaúchos,
está de braços abertos para vocês.
O Ver. Reginaldo Pujol solicita
Licença para Tratamento de Saúde nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2013.
Apregoo a solicitação do Ver. Engº Comassetto de
representação desta Casa na inauguração do Núcleo de Abrigos Residenciais – NAR
– Luiz Fatini, a ser realizada no dia 20 de fevereiro, às 16h, na Estrada do
Lami, nº 1.150, Belém Novo.
Eu sou obrigado a fazer as seguintes observações:
com relação à água, eu quero dizer ao Ver. Janta que foi feita a licitação,
depois de dois anos, para fornecimento de água. A entrega começa a ser feita a
partir da semana que vem. Não há mais como se ter contrato emergencial, como
ocorria antes, inclusive com Parecer contrário da nossa Procuradoria. Quanto ao
nosso aparelho de ar, agora, neste exato momento, está sendo instalada a peça,
Ver. Janta, que foi trazida de São Paulo por um torneiro mecânico, só que,
segundo o Luiz Afonso nos informa, só vai funcionar a partir de amanhã; então,
não podemos comemorar ainda! E, com relação às máquinas de café, nós estamos
devolvendo essas máquinas porque não houve licitação. Esta Casa não vai ser
novamente apontada pelo Tribunal de Contas por falta de licitação.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; o
tema da tarifa de ônibus é, de fato, um tema sobre o qual esta Câmara deve se
debruçar com muito cuidado, seja pelo histórico da cidade de Porto Alegre, seja
pela possibilidade de Porto Alegre ir para o topo pelo péssimo cartão de visita
de ter a tarifa mais cara das Capitais do Brasil. Isso não é uma mera posição
indesejável ou desconfortável para o Prefeito. Nós sabemos que estamos falando do
custo de vida do trabalhador, do desempregado, do estudante, das mulheres, dos
homens, das mulheres que se movimentam para levar filhos à escola, para levar
filhos ao médico, para fazer as compras, para resolver a vida, para ir ao
médico, para fazer o controle pré-natal, etc. É um peso muito grande para o
trabalhador, para os homens e para as mulheres da cidade de Porto Alegre a
atual tarifa e a futura tarifa, se houver alteração.
Este Legislativo, com a sensibilidade desta nova
Legislatura, sabe que nós precisamos encarar este tema. Este tema é pólvora
pura, Ver. Sgarbossa, porque, quanto mais caro e pior o serviço – aí faço uma
homenagem a V. Exa. – do transporte coletivo, mais carros nós teremos nas ruas,
e as ruas estão bastante conflagradas. Em março, não sei como nós vamos nos
movimentar em Porto Alegre em função, inclusive, das obras.
Nós precisamos de transporte público barato e de
boa qualidade. Nós precisamos, é a única saída das cidades! Para isso, o
Governo Federal, o ano passado, aprovou uma legislação, Lei nº 12.715,
desonerando folha de pagamento, uma lei que entrou em vigor em 1º de janeiro de
2013. Essa legislação permitiu que Canoas – que não é comparável a uma Capital
– pudesse reduzir em cinco centavos a sua passagem. Não incorporou inflação
nenhuma e conseguiu reduzir o custo da passagem pela legislação, porque nós
sabemos o custo da folha de pagamento, o peso que a folha tem nos custos de
qualquer empresa. O Governo Federal quer desonerar a economia brasileira e quer
desonerar o cidadão brasileiro. O Governo Federal bancou a redução da tarifa de
energia elétrica no País, bancou! Bancou na renovação dos contratos, bancou com
recursos próprios. Para quê? Para a nossa indústria ser mais competitiva.
Portanto, as empresas de ônibus estão se beneficiando também da redução da
tarifa de energia elétrica. E, se esses dois elementos não bastassem, nós temos
uma discussão levantada por um trabalho muito sério do Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul, que emitiu uma cautelar suspendendo qualquer
reajuste em cima da convicção do seu trabalho, pois a única Capital do País que
utiliza, que conta na tarifa a frota reserva é a nossa; a nossa é a única do
País que conta o custo da frota reserva na tarifa, Ver. Prof. Alex. Portanto, o
Tribunal de Contas determinou: não pode, não é usual, não é um critério
universal e verdadeiro, não dá para contar a frota reserva. Então, tem três
elementos, pelo menos, que têm que ser incorporados ao debate da tarifa do
ônibus este ano: a desoneração da folha, Ver. Janta, a importante desoneração
da folha, que dá condição, inclusive, às empresas de atenderem às
reivindicações dos trabalhadores – a desoneração da folha que deu uma
importante redução no custo; a frota reserva, que, sim, terá que ser retirada
do cálculo das passagens. E nós não vamos aceitar – eu insisto e agora afirmo –
que se faça uma perseguição, Ver. Paulo Brum, das pessoas com deficiência,
dizendo que quem recebe isenção é que está aumentando o preço da passagem,
porque já apareceu esse tema. Pode ter alguma distorção, tem que ajeitar? Pode
ser. Mas nós não vamos permitir que estudante seja impedido de estudar porque
vai perder o meio-passe para poder ir à escola, porque o Vou à Escola,
Presidente, é pago pelos Poderes, eu quero clarear aqui para os Vereadores e as
Vereadoras. O Vou à Escola, que dá passagem gratuita a sete mil alunos do
Ensino Fundamental, é pago pelo Orçamento da Educação Municipal, Presidente; e
o Vou à Escola, para o Ensino Médio, é pago pelo Orçamento da Educação
Estadual, então, não pesa na tarifa; e a meia-passagem pesa. Então, nada de
retirar incentivos sociais, fundamentais para a democracia.
Esse debate, senhores, a Casa precisa fazer, a
cidade de Porto Alegre não suporta mais aumento, e há razões fáticas, claras de
redução de custo que permitem, no mínimo – no mínimo! –, congelar a passagem
por um ano em Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver.ª Sofia.
O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; meus colegas Vereadores, Vereadoras,
senhoras e senhores, prezados colegas de Bagé que nos visitam, sejam
bem-vindos; ontem, participamos, a convite do Ministério Público, de um debate
sobre o projeto de duplicação da Av. Edvaldo Pereira Paiva, mais precisamente
sobre o conflito gerado na Av. Presidente João Goulart com o corte das árvores.
Ouvi ontem, lá no Ministério Público, uma pérola da afirmação política feita
pelo nosso prezado Secretário, Luiz Fernando Záchia, que o Jornal do Comércio
reproduziu hoje. Sr. Presidente, eu gostaria de que esta Casa, através da
Presidência, fizesse uma manifestação oficial. O Secretário Luiz Fernando
Záchia, fazendo um debate conosco – lá estavam dez Vereadores, acredito,
inclusive o Ver. Airto Ferronato, Líder do Governo –, afirma o seguinte (Lê.):
“A Câmara representa toda a sociedade e tinha que ter trazido também este
debate. Ela tinha que fomentar, fiscalizar e cobrar também os atos do Poder
Executivo dentro do processo interno. A Câmara iniciou o debate sobre as obras
da Copa, mas iniciou e parou. Se estivesse fazendo esse debate, as audiências
públicas estariam sendo feitas no seu devido tempo, e talvez nós tivéssemos
evitado as ações do Executivo Municipal”. Isso aqui é a pérola de uma postura
política, eu tive que responder e disse o seguinte: o Secretário Luiz Fernando
Záchia está querendo dar um cavalinho de pau na política e ele esquece que os
Poderes têm papel definido, que o Legislativo faz a legislação e o Executivo
executa. E o que o Executivo não fez? Não cumpriu duas leis municipais, que
isso é um ato, inclusive, de improbidade administrativa, Ver. Ferronato! Quais
as leis que não foram cumpridas? A primeira delas, a Lei do Plano Diretor, que
tem o capítulo do Sistema de Gestão Municipal, Ver. Janta, diz que estão
constituídos Fóruns Municipais de Planejamento – e aqui no Centro tem o Fórum
da Região 1 – que tem por objetivo: o Município deve apresentar todos os
projetos que serão desenvolvidos na Cidade para serem analisados, debatidos,
ajustados e aprovados pela comunidade. A Prefeitura não fez isso!
Segundo tema. Nós aprovamos aqui nesta Casa, na
Revisão do Plano Diretor, a criação, Ver. Tarciso, do Parque da Usina do
Gasômetro, que é uma lei, e que o Município, em 18 meses, tinha que ter
implementado. O Município o fez? Não! Portanto, este debate aqui não é um
debate de oposição ou situação. No momento em que um ex-Vereador, hoje
Secretário, diz: “ A responsabilidade pelos cortes das árvores é da Câmara, que
não fiscalizou a Prefeitura.” Olha a postura e o equívoco! E, Sr. Presidente,
eu já quero fazer um requerimento aqui: que o senhor encaminhe um ofício ao
Prefeito Municipal com a fala do Ver. Luiz Fernando Záchia, que o Prefeito
Municipal peça desculpa à Câmara Municipal pelo pronunciamento que o seu
representante fez, ontem, no Ministério Público dizendo isto: “O problema no
corte das árvores é da Câmara, que não fiscalizou a Prefeitura.” Olha a pérola
que nós temos!
Temos que ter esta clareza, que o Legislativo faz as leis e o Executivo é quem executa as leis, e, neste caso especifico, as leis não foram cumpridas, as duas leis que trabalham o sistema de planejamento, e nós aprovamos e construímos aqui a constituição do Parque Usina do Gasômetro.
Este debate tem que seguir para que possamos
fortalecer o trabalho do Legislativo. Eu concluo dizendo que esta não é uma
fala em que somos contrários às obras, que não queremos as obras; nós queremos
e apoiamos, inclusive os recursos que estão sendo aplicados ali são recursos
federais, mas queremos que sejam bem aplicados, e que a sociedade de Porto
Alegre tenha o respeito pelo que foi construído, que é o processo de
planejamento participativo através do sistema da democracia participativa.
Nesse caso, nesse episódio, quando as árvores foram cortadas na quinta-feira,
na véspera do carnaval, cortadas todas de uma única vez, sem fazer a limpeza,
foi rasgada a Lei Orgânica e um processo que é rico para Porto Alegre, que é a
democracia participativa. Um grande abraço, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Apenas um registro, Sr. Presidente. Acho que, em respeito ao nosso
atual Líder do Governo, Ver. Airto Ferronato, temos de acrescentar, Ver. Airto
Ferronato, que V. Exa. manteve aqui uma Comissão Especial da Copa. Todos os
projetos foram apresentados aqui na Casa e nunca foi informado pelo Governo que
seria cortada uma árvore. Os projetos foram apresentados, esta Casa trabalhou
neles e foi surpreendida com o corte de árvores.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero pedir ao Ver. Engº Comasseto que encaminhe a
Mesa este ditame, e quero já dizer de pronto que não respondo por outras
presidências ou outras gestões, mas esta gestão vai fazer audiência pública.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Presidente, Dr. Thiago; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
eu, de biólogo, não tenho nada. A única coisa que aprendi sobre plantas,
árvores, sementes, foi na minha vida de agricultor até os 18 anos; tanto de
fazer roçadas, quanto de plantar árvores frutíferas, plantar milho, Ver.
Bernardino, como V. Exa. plantou muito, semear trigo... Agora, eu nunca aprendi
a semear a discórdia e a dissimulação, isso eu não aprendi; não aprendi a fazer
trocadilhos que alguns colegas aqui insistem em fazer.
A Comissão de Vereadores que cuida das obras da
Copa não se reuniu para analisar - a Ver.ª Sofia esclareceu que não sabia que
haveria - o corte das árvores. Eu ouvi bem, foi isso mesmo, e foi isso que o
Secretário Záchia disse ontem, após a Ver.ª Sofia ter feito o seu
pronunciamento e sair da reunião. Ele informou isso: “Olha, não sei o motivo da
reunião, tem que perguntar para a Comissão por que não se reuniu. Essa
responsabilidade não é minha”. Ele não disse que a responsabilidade do corte de
árvores era dessa Comissão. Eu acho que tem que se ter um pouco mais de cuidado
quanto a esse oportunismo de fazer trocadilho com as palavras, Ver. Comassetto,
porque senão fica muito fácil. Trocar alhos por bugalhos, numa audiência de
surdos, não dá diferença, mas aqui dá muita diferença! Nós não podemos trocar
alhos por bugalhos. E o Ver. Comassetto - eu não ouvi o pronunciamento da Ver.ª
Sofia ontem, na Comissão, então não vou comentar, não por não ter respeito, é
porque não ouvi - tentou trocar as palavras. Mas ninguém mais está se iludindo
com isso. Ouvi muito bem o Ministério Público falando ontem, ouvi o Promotor
Público se pronunciando ontem, e o que ele disse? “Esta obra tem mais de 20
anos que está gravada no Plano Diretor”. O traçado está dito, está escrito e
está proposto há mais de 20 anos. Então, isso não é surpresa para ninguém, nem
para o Ministério Público. As compensações, as mitigações, como queiram chamar,
quantas plantas serão plantadas, quantas plantas serão mudadas? Isso existe uma
regra, uma legislação, e o Ministério Público está olhando essa parte. Ninguém
está cortando árvore. Ninguém plantou tanta árvore na Cidade como V. Exa., Ver.
Villela. E se farão tantos plantios quantos forem necessários. Nessa mesma
obra, mais de 2 mil árvores serão plantadas no leito da Beira-Rio! Eu não
esqueço que o Partido do Ver. Comassetto tomou um pedaço do Parque Farroupilha
para poder fazer passar aquela rua ao lado do viaduto. Tiveram que tomar um pouco
do Parque Farroupilha, prometeram que devolveriam e não devolveram. Eu acho que
está bem, não se estragou o Parque por causa disso. Mas está lá a obra que eles
tomaram. Foi o Partido do Ver. Comassetto que fez isso! E eu não estou
criticando, tinha que fazer para liberar, senão, Deus o livre, onde é que iam
passar todos esses ônibus carregados de gente? E há um equívoco quando se diz
que se priorizam automóveis, porque dentro dos automóveis e dentro dos ônibus,
principalmente, há muitas pessoas que chegam ao Centro. Ou querem que essas
pessoas cheguem ao Centro a pé? É isso que vocês querem? Não é. Então, vamos
ter cuidado para não trocar alhos por bugalhos!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Idenir Cecchim.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, nossos telespectadores e nossos ouvintes, vamos tratar aqui de dois
temas. O primeiro deles diz respeito ao valor da passagem, e aqui foi feita
alguma manifestação.
Desde há muito tempo, Porto Alegre reajusta a
tarifa – Ver. Paulinho, V. Exa. sabe muito bem – com base numa tabela de custo.
E essa tabela, na soma total dos custos, considera o nosso PMM, que é a média
mensal de custos da frota que rodou, a frota que esteve girando. Se a frota
está parada, é claro que aquele ônibus reserva está inserido no processo, mas
ele não enseja custos; ele não rodou! Assim, uma manifestação do Ministério
Público, que está encaminhada para o Tribunal de Contas. Há hoje uma
manifestação do Prefeito Municipal também com relação ao valor pedido. A
imprensa de Porto Alegre se manifestou a respeito disso. Ora, se existe uma
análise técnica e jurídica, meu caro Ver. Villela, lá no Tribunal de Contas,
nós, enquanto Vereadores de Porto Alegre, enquanto Governo Municipal de Porto
Alegre aguardamos a manifestação e a posição, Ver. Pedro Ruas, do Tribunal de
Contas! Nem nós, Vereadores, temos competência para dizer como fazer. Não,
precisamos ver a posição, que é uma posição da democracia consolidada no País,
cada Poder com os seus poderes, e o Tribunal de Contas com a sua relevante
atribuição constitucional. A Prefeitura tem aplicado a lei quando reajustou as
tarifas em momentos anteriores.
Agora, vamos a outra questão: a duplicação da Av.
Edvaldo Pereira e com relação à Câmara de Vereadores. O que temos aí?
Imediatamente após o movimento de início de corte das árvores, nós tivemos uma
reunião, naquele mesmo dia, quinta-feira, aqui na Câmara, capitaneados por
diversos Vereadores, e cabe aqui fazer uma saudação aos Vereadores que também
estiveram conosco nesta ação, quando os Vereadores, naquela reunião, estavam
propondo a suspensão das bocós de árvores. Naquele momento, em uma busca na
Internet, tomou-se conhecimento de que o Prefeito Municipal de Porto Alegre,
antes da nossa demanda, claro que já era um movimento, já determinara a
suspensão do corte. Ele até informou isso. No segundo momento, tivemos uma nova
reunião, também capitaneados pelos Vereadores aqui da Câmara, na COSMAM. E a
demanda da Comissão, de quem esteve aí, era de que se estendesse a suspensão do
corte. O Prefeito José Fortunati imediatamente me comunicou da suspensão, que
continuava - outra ação do Prefeito. Claro que com o movimento da Câmara
também, positivo, diga-se de passagem. Ontem, após a reunião da manhã, tivemos
uma reunião no Ministério Público, e a manifestação, a posição lá no Ministério
foi a mesma: de que se mantivesse a suspensão. Por quê? Porque essa
determinação estava tomada pelo Prefeito já na reunião da quinta-feira, que
determinou a Audiência Pública, que, como o Presidente diz, vai sair. É por
isso que a Câmara está junto nesse processo. É assim que compreendo a
manifestação do Secretário Záchia. Um abraço, obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Sofia Cavedon assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigado, Ver.
Airto. Estou aqui substituindo o Presidente, que precisou tomar algumas
providências.
O Ver. Paulo Brum está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PAULO
BRUM: Sra. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, sobre a questão do
corte das árvores, o nosso Líder, Ver. Ferronato, já fez as suas colocações.
Quero só salientar que a Comissão de Saúde e Meio Ambiente esteve à frente de
toda essa discussão, parece-me que agora o processo tem duas frentes: uma
técnica e outra uma discussão política. Tenho certeza de que a gente vai chegar
ao melhor para Porto Alegre.
Com relação ao reajuste das passagens, também é de
cumprir lei; bom, se a lei não está sendo eficiente, não tem eficácia, aí cabe
ao Executivo, junto com o Legislativo, propor alterações e, quem sabe, melhorar
a Lei que dá direito a que os empresários tenham o reajuste das tarifas.
Mas, Sra. Presidente, o que me traz à tribuna é com
relação à colocação feita pelo Presidente da EPTC, de que vamos rever as
isenções das tarifas em Porto Alegre.
Eu me incluo nesse debate, porque é notória a minha
luta em defesa das pessoas com deficiência. Assim me elegi Vereador em 1995 e
fiz toda a minha trajetória política, sempre defendendo aqueles que mais
precisam.
E a pergunta é simples: quando se fala que as
pessoas com deficiência, através do benefício do passe livre, estão onerando a
passagem, temos que colocar os pingos nos is. Porque são, mais ou menos, em
torno de 20 mil pessoas deficientes em Porto Alegre que recebem o benefício.
Num total de usuários do transporte público, será que esses 20 mil
beneficiários estariam fazendo com que a nossa passagem seja uma das mais
caras?
E a fala do Presidente da EPTC me deixa um pouco
tranquilo, porque vamos rever, sim, a questão da legalidade.
Hoje para que uma pessoa com deficiência tenha
direito ao passe livre em Porto Alegre, ela tem que cumprir determinadas
regras. Ela deve ser considerada uma pessoa carente e deve ter um atestado
médico que avalize a sua deficiência.
Então, é perfeito revermos esse processo quanto à
legalidade. Porque sempre existe a questão dos aproveitadores de ocasião, de
pessoas que não possuem uma deficiência, mas estão se utilizando desse
benefício.
Lembro que, em 2002, na Assembleia Legislativa, uma
das minhas primeiras ações como Deputado Estadual foi exatamente regulamentar o
passe livre intermunicipal para as pessoas portadoras de deficiência.
E, pasmem, num primeiro momento, aproveitadores de
ocasião, alugavam crianças com deficiência para se utilizar do transporte
gratuito entre os Municípios.
Então, temos que rever, sim, a questão da
legalidade dentro desse ponto, ou seja, para que aqueles que não têm condições
de utilizar esse benefício sejam, portanto, extirpados desse processo.
Estaremos atentos; o nosso Líder, Ver. Airto Ferronato, colocou ao Presidente
da EPTC, vamos formar um grupo de Vereadores para acompanharmos, junto ao
presidente da EPTC, a questão das isenções do transporte público em Porto
Alegre. Obrigada, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Paulo Brum.
A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Obrigada, Ver.ª Sofia. Senhoras Vereadoras e Srs. Vereadores, o assunto
não poderia ser outro que não a consequência sucessiva de participação desta
Câmara Municipal nesta Legislatura da qual posso falar. Creio que a legislatura
anterior também teve o seu papel nas discussões sobre a cidade de Porto Alegre
relativo ao assunto específico que a Comissão de Saúde, liderada pelo nosso
Presidente, Ver. Paulo Brum, não se furtou em nenhum momento, e a Câmara
participou como um todo neste processo, inclusive com a presença do nosso
Presidente.
Creio que o Secretário Záchia, de quem fui colega
na Assembleia Legislativa, equivocou-se - eu já não estava mais na reunião do
Ministério Público - ao dizer no Ministério Público que o Poder Legislativo não
havia feito nada em relação a um projeto dessa magnitude.
Gostaria de dizer que vou encaminhar ao nosso
Presidente, como proposta ao Ministério Público - ontem não tivemos tempo de
falar, pois a audiência terminou, Presidente - em primeiro lugar, o
questionamento à Prefeitura Municipal sobre em que espaços de participação
popular foi discutido esse projeto? Há um Conselho de Meio Ambiente, há um
Conselho do Plano Diretor, não foi discutido pela Região de Planejamento RP1.
Além de tudo, pode haver uma articulação entre o Executivo e o Legislativo,
buscando a opinião de uma Câmara Municipal. Eu posso falar a respeito do
momento em que estou aqui. Aqui nesta Casa, desde o momento do corte das
árvores, essa Casa participou de todo o processo, através da COSMAM, através da
participação importante do Líder do Governo, Ver. Airto Ferronato, desde o
momento em que a Ver.ª Sofia Cavedon trouxe a esta Câmara a questão do corte
das árvores. Nós tivemos Reunião Extraordinária da Comissão, no dia 14. Lá
naquela Reunião, nós propusemos um Grupo de Trabalho, que se reuniu ontem antes
de irmos ao Ministério Público. E ontem, Sra. Presidente, já encaminhamos -
nós, o Líder do Governo e os Vereadores Sofia, Paulo Brum e Ver. Engº
Comassetto - a necessidade de uma audiência pública, porque, ontem, o
Ministério Público nos perguntou quando ela ocorreria. Respondemos ao
Ministério Público que há um tanto regimental – e assim nos confirma o nosso
Presidente -, e que o nosso Presidente convocará essa audiência pública,
conforme solicitada já na primeira Reunião pelo Ver. Clàudio Janta. Faço esse
histórico para mostrar que a Câmara está participando, e ativamente. Eu insisto
que necessariamente tenhamos que dar continuidade ao Grupo de Trabalho -
Câmara, movimentos sociais e a própria Prefeitura -, porque até agora não foi
apresentada uma alternativa. Há três questões que também quero colocar.
Primeiro, eu acho que, sob a ótica de gestão pública, eu não vi relação, pelo
menos em todas as discussões e até nos pronunciamentos e depoimentos dos
técnicos que representavam a Prefeitura, de transversalidade de ações em uma
obra desse porte. Uma obra como essa envolve meio ambiente, espaços públicos,
paisagismo, patrimônio histórico e cultural, e não há uma relação. Nós vimos um
biólogo, um técnico muito capaz, dando a sua visão, mas a articulação, sob o
ponto de vista de gestão pública e de transversalidade, não houve em um
processo como esse. Por fim, Sra. Presidente, eu creio que está aqui também a
discussão da implantação - falava há pouco o Ver. Airto Ferronato - do Conselho
das Cidades, que é um espaço importante, e que a Prefeitura ainda não
implantou. Nós precisamos dinamizar nesta Câmara, para depois não ser dito que
a Câmara não faz o seu papel, tanto que já coloquei um projeto nesse sentido. E
eu acho que nós temos que aprofundar, nesse Grupo de Trabalho, Ver. Paulo Brum,
a questão que surgiu com muita força ontem, no Ministério Público, sobre o
Parque do Gasômetro nesse processo da discussão dessa obra. Porque, se precisa
ser mediante lei específica, a Emenda de 2007 do Ver. Engº Comassetto, se a
Prefeitura não faz, se o Executivo não faz, o Legislativo tem todo o poder e o
dever de fazer a legislação específica daquilo que ele já legislou
anteriormente. Acho que é um momento muito importante de termos unidade de
ação, para que depois não seja dito que não contribuímos em uma discussão
importante como esta. Estamos contribuindo, e temos propostas.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que faça a
chamada nominal dos Vereadores para que possamos ingressar na Ordem do Dia.
O SR.
SECRETÁRIO ad hoc (João Carlos
Nedel): (Procede à chamada nominal.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h16min): Havendo quórum, passamos à
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 014/13 – (Proc. nº 0363/13 – Ver. Valter Nagelstein) – requer a realização de Sessão Solene no dia 14 de
maio, às 15h, destinada a assinalar o transcurso dos 65 anos de criação do
Estado de Israel.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento n° 014/13, de autoria do
Ver. Valter Nagelstein. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento n° 014/13.
O Vereador está autorizado a ir à tribuna sem
casaco, pelo calor que faz neste espaço. Estamos com problemas no
ar-condicionado, a peça fabricada não funcionou. Para a população saber, este
espaço não tem janelas, e nós ficamos com muitas dificuldades.
O SR. PEDRO
RUAS: Ver.ª Sofia Cavedon, na presidência dos trabalhos; Vereadoras,
Vereadores, público que nos assiste; este é um tema sempre delicado quando
tratado, talvez, em qualquer lugar do mundo, mas, particularmente, aqui na
Câmara Municipal. Mas é um tema tratado aqui nesta Casa com muita seriedade e
com absoluta legitimidade das partes que divergem quanto a ele. Um exemplo, um
Requerimento do Ver. Valter Nagelstein, que, por sinal reitera sempre a sua posição
nesse sentido e tem legitimidade reconhecida para tanto, em relação a qual nós
temos divergência, e gostamos de expor a nossa posição não como proselitismo da
mesma e nem é para fazer qualquer pedido de voto na Mesa; é para esclarecer
qual é a posição do PSOL. Nós, nacionalmente e nas nossas relações
internacionais, não temos nenhuma posição contrária à existência do Estado de
Israel. Nós propugnamos pela existência do Estado da Palestina e nisso,
exatamente, nisso, reside a nossa posição que defende no Brasil, na análise do
contexto internacional, aquilo que é mais justo, aquilo que está de acordo com
a civilização, com os preceitos mais importantes de toda a humanidade. Por que
votamos contra este Projeto, mesmo que conhecendo a legitimidade do autor e da
sua proposta? Porque entendemos que há, sistematicamente, não por conta do
Estado, mas de Governos do Estado de Israel, um verdadeiro massacre em relação
à Faixa de Gaza, do qual o mundo inteiro é testemunha, e que nos leva, Ver.
Prof. Alex Fraga, a termos esta posição. Repito, esta é uma divergência séria,
honesta, legítima, onde nós respeitamos muito a posição contrária a nossa, mas,
fazemos questão de marcar de registrar a nossa posição. Quando houver a
coexistência pacífica desses dois Estados, nós gostaríamos de votar
favoravelmente ao Requerimento desta natureza. Não há isso, agora, Ver.ª Cony;
nós temos é um outro momento, um momento muito difícil onde o sofrimento brutal
dos habitantes da Faixa de Gaza nos leva a votar contra esse Requerimento de
homenagem. Nós temos não só amigos, como militantes que são companheiras e
companheiros judeus, judias; a companheira Luciana Genro, por sinal, Presidente
Municipal do PSOL, que está aqui, descendente de judeus. Nós temos o maior
respeito e carinho pelo povo judeu. A questão aqui é outra, e por isso quero
que fique bem claro que nós votamos contra este Requerimento porque o PSOL
entende que a coexistência dos dois estados é imprescindível a qualquer projeto
de paz mundial – o Estado de Israel e o Estado da Palestina. E, enquanto houver
esse tipo de violência na Faixa de Gaza, promovida não pelo Estado, mas pelo
Governo de Israel, nós somos obrigados, sim, a votar contra este tipo de
Requerimento, mesmo respeitando totalmente a sua legitimidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 014/13, como autor.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sra. Presidenta, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; quero lhe agradecer,
em primeiro lugar, a pronúncia correta do meu nome. Não é difícil, Ver. Pedro
Ruas, basta simplesmente que se leia; às vezes falam Naugelstein, e por aí vai.
Basta ler, não tem “u”; é ene, a, gê, e, ele, esse, tê, e, i, ene! É fato que
não é muito simples também, porque nós somos um cadinho de imigrantes. O meu
avô, Henrique Nagelstein, foi imigrante judeu que aqui chegou já com 14 anos,
fugindo dos totalitarismos. Eu carrego, com muito orgulho, este nome e a
história desses antepassados que fugiram exatamente da morte proporcionada por
esses regimes totalitários. Por isso que sou um amante da democracia, Ver.
Pedro Ruas, das liberdades sem qualquer espécie de eufemismo, da liberdade
absoluta, daquela que o cidadão pode se pronunciar, pode se manifestar, pode
caminhar, pode ir, pode vir, Ver. Villela, seja de direita, seja de esquerda;
na liberdade não há essas relativizações em relação a esse termo: liberdade é
liberdade. Por isso eu estranho também a falta e a ausência, meus Vereadores,
de manifestações de solidariedade a essa blogueira cubana, mulher agredida. Há
uma questão de gênero, há uma questão política, agredida que foi que não pôde
falar. Onde estão os defensores da liberdade? O silêncio dos bons é o que nós
vamos ter? Da minha parte não. Portanto, fica registrado na tribuna o meu
repúdio em relação à agressão que sofreu essa mulher, essa jornalista, essa
cidadã.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Muito bem, eu sei que a incomoda falar sobre esse tema, Ver.ª Sofia, mas
só fica o meu registro.
Eu quero dizer que compartilho da mesma posição,
Ver. Pedro Ruas, eu desejaria e desejo uma Palestina livre. Até sobre isso,
participei, há alguns anos, numa edição do Fórum Social Mundial, de uma caminhada
muito bonita ali nos arcos do Parque da Redenção. Nós éramos quase mil pessoas
de camisetas brancas pedindo dois povos, dois estados. Quero isso, desejo isso!
Com relação a essa questão não há divergência! Divergimos no quê? Divergimos
numa concepção simplória, simplista e equivocada que certa parcela da esquerda
tem em relação ao Estado de Israel. Por quê? Porque faz um raciocínio estreito
de que os Estados Unidos representam o imperialismo, e Israel representa um
braço do imperialismo no Oriente Médio. Volto a dizer, essa é uma interpretação
equivocada e errada. Israel representa um povo, uma história, uma tradição
religiosa e uma etnia que guarda as suas raízes naquele local há mais de cinco
mil anos! Representa Abraão, o patriarca de todos nós, das religiões
ocidentais, aquela religião que inventou o monoteísmo, daí vem o cristianismo!
Da tradição judaica nasce Jesus Cristo, e Ele caminha, e as civilizações
ocidentais todas nascem disso, e, em Israel, está o berço e a garantia disso
tudo. Lá em Israel, judeus, cristãos, mulçumanos, todos – e quem foi a
Jerusalém sabe – podem caminhar, Ver. Villela, com absoluta liberdade e
professar as suas religiões, porque lá não há metáforas, lá não há
subterfúgios, lá há democracia! O conflito se estabelece lá quando Israel –
como qualquer país do mundo faria, como o Brasil faria, se aqui ao nosso lado
tivesse um país que diariamente nos lançasse foguetes – defende as suas
fronteiras, a existência de seu povo, a sua tranquilidade, o direito de suas
crianças saírem de casa, irem à escola, o direito de seus trabalhadores
trabalharem no dia a dia; é aí que está o conflito, não em nenhuma outra
questão! Portanto, não é imperialismo, não é dominação! Mais de 25% da
população de Israel é árabe, eu estive lá em vilarejos árabes: tem água, tem
luz, tem garantias, tem escola, tem acesso à universidade! O Parlamento de
Israel é composto de árabes! No Parlamento de Israel falam! Portanto, há uma
mentira que, como tática, se repete e que não é verdadeira! E mais do que isso:
aqui, no Rio Grande do Sul, há um contingente judaico que contribuiu, desde
sempre, como os meus familiares, para a constituição deste Estado, para este
lugar plural que somos todos nós. E exatamente por isso que esta Câmara sempre
homenageia o Estado de Israel – pelo que representa na ciência, na educação, em
todos os setores do conhecimento humano. Eu, homenageando o Estado de Israel, a
comunidade judaica e os seus amigos que aqui estão, e é exatamente por essa
razão... Sra. Presidente, só para concluir, Ver.ª Sofia. Sempre, na história
deste Legislativo, esta Câmara homenageou o Estado de Israel e a comunidade,
Ver.ª Mônica, que também tem essa interação e essa participação. Com essa
comunidade se representa esse país, essa comunidade que vive aqui. Por isso é
tradicional.
Portanto, eu peço um gesto de generosidade e de
apoio desta Câmara mais uma vez, aprovando essa Sessão Solene para que nós
homenageemos essa história milenar, esse povo que não faz outra coisa senão
servir a Deus, ao respeito aos pais, aos melhores valores da ética, postulando
todos nós, como postulamos, os valores maiores da fraternidade e da paz, que é
o que Israel almeja, e eu tenho certeza de que é o que todos nós, Ver. Pedro
Ruas, almejamos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 014/13.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Prezada Ver.ª Sofia, que preside a nossa Sessão; colegas, todos que nos
assistem; quero aqui, em nome da Bancada do PT, manifestar a nossa posição,
Ver. Valter, de apoio à Sessão Solene pela passagem dos 65 anos do Estado de
Israel, que não é uma conquista meramente de um povo. A resolução, e é isso que
nós estamos aqui defendendo, é a resolução da ONU de que, no momento da criação
do Estado de Israel, naquele exato momento, decretou também a criação do Estado
Palestino. É a defesa dessa resolução que nos une e que nos faz aqui fazer um
apelo pela paz entre os povos; não são as posições extremistas de ambos os
lados que não nos cabe, talvez, julgar, mas a defesa de que se construa
efetivamente a paz naquele território, que é tão importante para toda a
humanidade e que, há mais de três mil anos, infelizmente, muitas vezes dirigido
por extremistas, acaba sempre tendo a paz inviabilizada. Então, é nesse sentido
que eu gostaria de encaminhar, deixando claro que, de forma alguma, nós, do
Partido dos Trabalhadores, somos a favor de qualquer política belicista, o que
hoje, infelizmente, também ocorre por parte de certos Partidos políticos no
Estado de Israel. E é em relação a essa política que nós nos opomos, como o
Ver. Pedro Ruas muito bem disse. Aqueles que defendem a continuidade da
expansão dos assentamentos, que defendem, de forma contínua, a guerra como meio
de construção do Estado de Israel, de forma alguma são essas as posições que
nós apoiamos. A nossa defesa e o nosso apelo é pela paz e pela construção dos
dois estados naquele território para que, finalmente, se entre num acordo. Nós
não podemos mais confundir as nossas políticas do período da Guerra Fria, eu
acho que isso ainda acontece, Ver. Nagelstein, quando ocorrem confusões no
debate sobre o imperialismo americano, que acabam, muitas vezes, caindo no
antissemitismo. Eu vi, infelizmente, confusões contra o Estado de Israel, que,
na verdade, encobriam o velho discurso antissemita, que nós escutamos ao longo
da história da humanidade; a isso nós temos que nos opor radicalmente. O povo
de Israel, e aqui eu não estou fazendo a defesa do tema religioso, mas do seu
aspecto étnico, o Estado de Israel é um estado laico e por isso merece o nosso
respeito, porque não é um estado religioso, é um estado laico, de uma
democracia constituída, onde, inclusive, o próprio partido árabe possui hoje
nove representantes no seu parlamento, que podem se expressar de forma livre.
Então, é com essa política que o Brasil vem atuando, de maneira pró-ativa, de
maneira diferente do que era feito antes, quando o Brasil era um mero
coadjuvante do cenário internacional. Hoje o Brasil tem posição firme e tem que
ter postura ativa como protagonista para buscar resolução da guerra, dos
problemas daquela região do mundo.
Então, nesse sentido, Ver.ª Sofia, em nome da nossa
Bancada, eu quero me somar à homenagem dessa conquista que foi o Estado de
Israel, dessa conquista que tem o apoio de mais de 140 nações que aprovaram
aquela resolução há 65 anos, quando o brasileiro Osvaldo Aranha presidia aquela
sessão. Nesse sentido é que nós defendemos que o Brasil tenha posição firme e
atuante na busca da paz entre todos os povos do mundo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PEDRO
RUAS (Requerimento): Parece-me que houve um pequeno equívoco, e eu
queria corrigir, do Ver. Alberto Kopittke. Tradicionalmente, o Ver. Valter
Nagelstein coloca esse Requerimento com muito respeito pelas posições
contrárias. Não há, de parte do PSOL - nunca houve! -, qualquer posição
antissemita. E essa expressão antissemitismo foi utilizada pelo Ver. Alberto
Kopittke na tribuna. Nós não vamos aceitar! Se é em relação ao PSOL, nós não
vamos aceitar! Nós queremos que saia dos Anais porque isso não é verdadeiro.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Eu quero aqui agradecer ao Ver. Pedro Ruas que, corretamente, me
corrige, porque, de maneira alguma, Presidente Thiago, foi esse o meu objetivo.
Eu falava aqui das posições extremistas de toda ordem. De maneira alguma, sei
que todos nos encontramos na mesma defesa humanista de todos os povos. Muito
obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Kopittke. Está bem entendido.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento
nº 014/13.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. Valter
Nagelstein, eu acho que, depois das falas – de V. Exa., é lógico, porque foi o
autor do Requerimento – principalmente do Ver. Pedro Ruas e do Ver. Alberto, o
senhor já teve aqui neste Plenário uma demonstração de que as diferenças são
respeitosas. As diferenças são respeitosas! Quando V. Exa. estava na
Secretaria, eu já tive a honra de propor também essa mesma Sessão Solene ao
Estado de Israel. Por ser V. Exa. meu companheiro de Partido, respeitoso e
respeitado companheiro que defende a comunidade israelense, eu não podia deixar
de me pronunciar dizendo que – eu estive lá em Jerusalém, tive a felicidade de
ter estado lá – isso tem uma grande consequência, que é ali na Av. Sertório, a
Aeroeletrônica, uma empresa da Herbert, eletrônica do Estado de Israel, Ver.
Valter – V. Exa. que foi Secretário participou disso também –, onde estão 300
engenheiros de alta capacitação que trabalham aqui no Município de Porto
Alegre, e ela acabou se tornando uma das empresas ou a maior recolhedora de
ISSQN do Município de Porto Alegre. Dito isso, e por ser Israel, Jerusalém,
particularmente, onde Jesus fez suas pregações, onde Jesus, que não teve ter
andado mais do que 200 quilômetros em toda sua vida, não tinha rádio, não tinha
jornal, não tinha televisão e não tinha nem megafone, Ver. Clàudio Janta, para
pregar a sua palavra. E ele o fez com tanta competência que há 2 mil anos ele
falou e a milhares de quilômetros de distância a palavra é a mesma porque é a
verdade. Então, quando discutimos aqui a verdade, não importa se ela é
palestina ou é israelense, o importante é que se diga a verdade.
Vejo que há uma confluência de interesses: os dois
que se dizem antagônicos não são antagônicos, os dois querem a convivência
harmônica de dois Estados, de dois povos. Estou feliz e vou votar a favor do
Requerimento, sem dúvida nenhuma, com o maior respeito que tenho à posição do
Ver. Pedro Ruas, do PSOL. Digo, Ver. Valter Nagelstein, que V. Exa. faz muito
bem em reiterar, todos os anos, a homenagem a um Estado que V. Exa. acredita.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago) : A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento n 014/13.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, Sr. Presidente, a Bancada do PCdoB,
composta por mim e pelo Ver. João Derly, vem a esta tribuna encaminhar, Ver.
Valter Nagelstein, a favor da comemoração que assinala o transcurso dos 65 anos
da criação do Estado de Israel, adicionando que são 65 anos da criação de dois
Estados: o Estado de Israel e o Estado da Palestina. No momento em que fizermos
esta homenagem, nossa Bancada estará homenageando esses dois Estados. O Estado
de Israel está sedimentado, está implantado, e quanto ao Estado da Palestina, o
direito de um povo ter a sua soberania, o seu Estado, ainda é fruto de uma
soberana e democrática luta dos povos do mundo. Aliás, a construção, a
sedimentação do Estado da Palestina é um elemento estratégico para a paz que
todos nós almejamos. Então, homenagear a criação do Estado de Israel é
homenagear a criação de um Estado ainda não implementado e que pelo qual todos
nós devemos lutar. Vossa Excelência, se não me engano, se referiu a isso num
dos Fóruns Sociais. Nos Fóruns Sociais Mundiais, aqui em Porto Alegre, em 2001,
começaram a surgir espaços estratégicos sobre essa discussão e essa luta. Agora
mesmo, o Fórum Social Temático tinha como tema a Palestina Livre, porque, ao
lutar pela Palestina livre, pelo Estado da Palestina, estamos lutando pela paz
no mundo.
Queria finalizar, Srs. Vereadores, dizendo que é um
momento também de reflexão homenagear o Estado de Israel e, ao mesmo tempo,
homenagear o ainda não estabelecido Estado da Palestina; é um tempo de reflexão
sobre os interesses maiores do imperialismo, interesses bélicos, diria bélicos
mesmo, de fabricação de armas, de gerar guerras. Esses interesses vão estar
nessa discussão na medida em que são interesses do imperialismo, dos Estados
belicistas imperialistas que fomentam a guerra entre povos irmãos. A história
desses povos é uma história que tem que ser respeitada, muitos de nós
descendemos desses povos. O senhor sabe, eu já lhe disse, que meu bisavô era um
judeu sefaradi, do Marrocos, daqueles judeus expulsos pela inquisição dos povos
da Europa; ele veio da França, chegou aqui e se juntou com uma índia guarani
gerando a nossa família. Mas em nenhum momento, até em homenagem às minhas
ancestralidades - porque o povo judeu é um povo indígena, massacrado em
determinados tempos da história -, jamais poderei, com o sangue que trago, com
muita honra, deixar de lutar pelo povo palestino na sua perspectiva da
construção também do seu Estado.
Então, acho que poderemos ter uma bela cerimônia de
homenagem a um povo que construiu o seu Estado. As discussões de fundo, se é um
Estado sionista, imperialista, isso é outra dimensão, outra discussão. Aqui
estamos a homenagear história de povos, e o povo palestino, no momento em que
fizermos a homenagem, estará também sendo homenageado. Quando fui Vereadora,
nesta Casa, Vereador, se fez a primeira homenagem ao povo palestino, no momento
da Intifada, e esta Vereadora solicitou essa homenagem. Houve muita
contradição, mas os palestinos aqui estiveram, alguns judeus também, porque a
questão da paz dos povos é de todos nós! E nós fizemos essa homenagem há quase
30 anos. São homenagens justas, necessárias para que se traga à tona o quanto
ainda temos que caminhar para construirmos a paz do mundo e o quanto temos que
buscar a harmonia e a tolerância em determinados momentos; porque não é uma
guerra entre povos irmãos, é uma guerra maior, com interesses bélicos, que
separa esses irmãos. Então, acho que estamos num bom caminho ao homenagearmos o
Estado de Israel e ao mesmo tempo levantarmos aqui a importância da homenagem,
mais do que homenagem, do nosso compromisso com a construção do Estado
Palestino, pela paz no mundo!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 014/13.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores, pessoas que nos
assistem, falar em Israel é lembrar das comunidades espalhadas pelo mundo ao
longo dos séculos. Nós sabemos que a luta, a caminhada desse povo foi intensa,
foi penosa e, devido a essa árdua caminhada, muitos elos passaram a compor essa
grande nação. E muitas dessas pessoas vieram para o Rio Grande do Sul.
Então, Ver. Valter Nagelstein, proponente dessa
homenagem, é com muita honra que eu subo nesta tribuna, agora como sua colega,
para dizer que a Bancada do Partido Progressista não só apoia como faz questão
de estar presente e se manifestar através da minha pessoa. E dizer também que,
quando fui funcionária da Câmara Municipal, acompanhava o trabalho do Ver.
Isaac Ainhorn em defesa da comunidade judaica do Rio Grande do Sul. Depois, eu
assumi, e, quando eu saí, o senhor entrou nesta Câmara Municipal e tomou a
frente. O senhor pode contar sempre comigo nessa defesa.
Eu faço questão de registrar aqui na tribuna que os
65 anos de criação do Estado de Israel foi uma dura luta. Não é de hoje que nós
sabemos que as coisas acontecem na calada da noite, como por exemplo aquele
episódio que ainda está muito vivo na cabeça dos porto-alegrenses, dos skinheads que sofreram, na Cidade Baixa,
com aquela situação constrangedora, e não é por pouca coisa que o Ver. Valter
Nagelstein criou um projeto sobre o Holocausto como disciplina nas escolas do
Município de Porto Alegre.
Então, eu gostaria de dizer aqui que eu faço parte
desta comunidade. Há 38 anos eu sou casada, com muito orgulho, com judeu. Meus
filhos têm vínculos, são oriundos dessa religião, e eu sei da luta desse povo.
Não é porque estamos em 2013 que as coisas melhoraram. É claro que melhoraram,
mas estamos ainda enfrentando muito antissemitismo em vários lugares. Então, é
importante fazermos esta solenidade e, a todo momento, colocarmos a importância
do povo judeu para o mundo na educação, na saúde, na cultura, em várias áreas.
Nós ganhamos com a dedicação desse povo. Era esse o registro que eu gostaria de
fazer.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 014/13.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós fomos eleitos por um número
significativo de pessoas, mas, quando chegamos a esta Casa, representamos toda
a população de Porto Alegre, e acho que esta Casa tem que homenagear todos os
credos, todos os cultos, todos os times e todos os povos.
O Ver. Valter Nagelstein propõe essa homenagem aos
65 anos do Estado de Israel e eu, de imediato, proponho uma homenagem, dia 29
de novembro, ao povo palestino. Dia 29 de novembro, pela ONU, é o Dia
Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino e é o dia, também reconhecido
pela ONU, como o dia de reconhecimento do Estado Palestino. Assim, nada mais
justo do que, nesta Casa, que é de maragatos e de chimangos, gremistas e
colorados, de todos os cleros, então homenageemos, na data proposta pelo Ver.
Valter Nagelstein, o povo judeu; e que se homenageie, na data específica, o
povo palestino; que se homenageiem os católicos, que se homenageiem os
evangélicos, que se homenageiem os umbandistas, que se homenageie todo o povo
que representa esta Cidade, permitindo que, a menos de 200 metros, judeus e
palestinos possam conviver pacificamente nesta Cidade; a menos de 30 metros,
possam conviver católicos e evangélicos; a menos de 30 metros, possam conviver
evangélicos e umbandistas, católicos e umbandistas. Isto é que transforma esta
nação numa nação rica, numa nação poderosa, de um povo que suporta tudo, de um
povo que vem crescendo e se desenvolvendo e, principalmente, transformando esta
Cidade numa referência mundial de solidariedade, de democracia, de tolerância
às desigualdades, de compreensão entre os povos.
Conversei com nosso Líder, e esse é o
encaminhamento que a nossa Bancada faz, para que esta Casa caminhe na defesa do
povo judaico e na defesa do povo da Palestina.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Janta.
Em votação o Requerimento nº 014/13. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com os votos contrários dos
Vereadores Pedro Ruas e Prof. Alex Fraga.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 013/13 – (Proc. nº 0362/13 – Ver. Elizandro Sabino) – requer a realização de Sessão Solene no
dia 18 de outubro, às 19h, destinada a assinalar o transcurso dos 89 anos de
fundação da Igreja Assembleia de Deus em Porto Alegre.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 013/13, de autoria do
Ver. Elizandro Sabino. (Pausa.)
A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 013/13.
A SRA. LUIZA
NEVES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos
assiste, eu venho aqui louvar a iniciativa do Ver. Elizandro Sabino, a
proposição de uma Sessão Solene para homenagear a Igreja Assembleia de Deus
pelos seus 89 anos, e venho como membro dessa igreja há 50 anos, ou seja, desde
que nasci. E não é somente por ela ser uma igreja, uma denominação, e por
defender a fé, mas eu venho falar de uma instituição, de uma entidade que, no
Brasil, ano passado, completou o seu centenário. Ela é reconhecida no Brasil,
no Estado, e na nossa Capital, pelos seus feitos, pela sua obra social em
asilos, creches, orfanatos e tantas outras obras de cunho social dentro da
nossa Cidade, muitas vezes fazendo o papel do Poder Público, indo nas vilas,
nas comunidades carentes, dando assistência naquilo que, muitas vezes, nós
deixamos de fazer, mas a Igreja Assembleia de Deus faz, e, tenho certeza, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, de que todos vocês conhecem alguma Assembleia de
Deus. Estou certa? Então, em cada vila, em cada canto, em cada comunidade da
nossa Cidade, existe uma Igreja Assembleia de Deus.
Eu gostaria, Ver. Sabino, de me associar a essa
homenagem, porque ela é justa, e tenho a certeza de que todos os Srs.
Vereadores também aprovarão essa homenagem, a realização dessa Sessão Solene,
porque ela, realmente, estará contemplando uma instituição que faz pelo nosso povo,
pela nossa Cidade e por aqueles que mais precisam. Muito obrigada, e que Deus
abençoe a todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver.ª Luiza Neves.
Só quero dizer, alto e bom som, que a nossa
Audiência Pública para tratar da duplicação da Av. Edvaldo Pereira Paiva está
marcada por esta Presidência para o dia 18 de março, Ver. Janta, às 19h, neste
plenário. Era o prazo mais exíguo que tínhamos.
O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 013/13.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós queremos, de
uma forma muito respeitosa, encaminhar a votação dessa proposição que trata da
Sessão Solene em homenagem ao transcurso dos 89 anos de fundação da Igreja Assembleia
de Deus na cidade de Porto Alegre.
No dia 19 de novembro de 1910, essa igreja foi
fundada em Belém do Pará; depois teve a sua trajetória iniciada no Estado do
Rio Grande do Sul em 3 de fevereiro de 1924, quando os missionários suecos
Gustavo Nordlund e sua família começaram a anunciar o Evangelho. E assim, no
dia 15 de abril de 1924, numa casa situada na Av. Mariland, no Bairro
Mont’Serrat, na Cidade de Porto Alegre, começaram a abrigar os moradores do
entorno e a pregar o Evangelho.
Especificamente no dia 19 de outubro de 1924, o
missionário Gustavo Nordlund batizava, nas margens do Rio Guaíba, os
primeiros dez membros dessa que é a Igreja Assembleia de Deus, e logo após
celebrou um culto de Santa Ceia, ocasião em que foi organizada e constituída a
Igreja Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Sul, com sede em Porto
Alegre.
Nobres colegas, Srs. Vereadores, desde o dia 7 de
julho de 2003 a nossa Igreja é presidida pelo Pastor Ubiratan Batista Job, que
é também o 2º Vice-Presidente do Brasil; a Igreja Assembleia de Deus tem 40
sedes, 40 distritos na cidade de Porto Alegre e mais de 280 templos
distribuídos na cidade de Porto Alegre. É importante referir que a Igreja
Assembleia de Deus em Porto Alegre prega o evangelho, prega a palavra de Deus
às comunidades, leva a palavra de Deus. Onde a rede de assistência muitas vezes
não chega, lá está a palavra sendo pregada e milhares de vidas sendo resgatadas
dos crack, das drogas e do
alcoolismo. Vidas transformadas pelo poder do evangelho e agora, então,
famílias restauradas e vivendo o que chamamos de qualidade de vida. A nossa
Igreja é mantenedora da Clínica da Criança Aidética, do Asilo de Amparo à
Velhice Gustavo Nordlund, do Orfanato Lar e Esperança e tem o seu
trabalho voltado para o social no Estado do Rio Grande do Sul, no nosso
Município de Porto Alegre, no Brasil e no mundo. Portanto, ao concluir as
minhas palavras, eu rogo a aprovação desse Requerimento e dessa proposta de
justa homenagem à Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Porto Alegre. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 013/13.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa-tarde, Sr. Presidente; Ver. Dr. Thiago, Presidente da Mesa, colegas
Vereadores, público que nos assiste. Eu, Prof. Alex Fraga, falo também em nome
do Ver. Pedro Ruas - portanto, da Bancada do PSOL -, que votaremos
favoravelmente e com grande prazer a essa homenagem à Assembleia de Deus,
lembrando que vivemos em um País laico, uma terra de todos. É digna e justa tal
homenagem para os componentes da nossa sociedade. Teria o maior prazer em
aprovar também homenagens aos cultos afro-brasileiros dentro desta Casa, a
todos os cristãos, protestantes, católicos -seria um imenso prazer -, inclusive
justas homenagens ao povo judeu. Espero que a nossa Bancada não tenha sido mal
interpretada na proposta anterior. Jamais nos oporíamos a uma homenagem ao povo
judeu - que é justa. Vamos homenagear, talvez uma ideia, Ver. Valter
Nagelstein, a migração dos povos judeus. Façamos uma homenagem. Isso, perfeito,
está? Então só gostaria de manifestar o meu apoio à proposta do Ver. Elizandro
Sabino. Estamos juntos nessa. Boa tarde.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência
dos trabalhos.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, é importante nós ensejarmos ao Vereador a possibilidade
de mudar o voto, se assim for o caso. O Ver. Prof. Alex merece todo o nosso
respeito, obviamente, Parlamentar com todas as prerrogativas, como todo e outro
qualquer Parlamentar, aqui chegou pela mão do povo, disse que jamais votaria
contra, e votou contra. Eu acredito que talvez...
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Qual é o seu encaminhamento?
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Ensejar ao Vereador a possibilidade de mudar o voto, porque ele disse
que jamais votaria contra, e votou.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Muito obrigado. Apenas vou pedir a compreensão dos
colegas, até pelo assunto, para que não se crie a possibilidade de divergência
no Plenário. É claro que divergência dentro do que estabelece a possibilidade
democrática, acompanhando o que determina o Regimento, é possível, mas eu só
tenho uma preocupação, e os colegas com certeza me entenderam. Eu quero torcer
para que todos nós possamos fazer uma votação dentro daquilo que nós sempre
esperamos aqui. Eu entendi perfeitamente a sua preocupação, Vereador.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. João Derly está com a palavra para encaminhar
a votação do Requerimento nº 013/13.
O SR. JOÃO
DERLY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, venho a esta tribuna
para falar sobre o Requerimento do Ver. Elizandro Sabino, que solicita a
realização de Sessão Solene no dia 18 de outubro, às 19 horas, destinada a
assinalar o transcurso dos 89 anos de Fundação da Igreja Assembleia de Deus em
Porto Alegre. Eu tomei a liberdade dm falar em meu nome e da Bancada do PCdoB,
estive falando com a Ver.ª Jussara Cony, porque nós apoiamos este Requerimento.
Nós, do PCdoB, eu estou dizendo nós - claro que isso aqui foi muito antes de
mim, na Constituição de 1947, Jorge Amado fez, e foi aprovado, juntamente com
toda a Bancada, a liberdade de culto religioso no Brasil. E, juntamente com a
amada Luiza Neves e o Ver. Sabino, apoiamos, porque eu sei do potencial, sei do
trabalho lindo que tem feito a Assembleia de Deus junto a muitas comunidades,
não só em Porto Alegre, mas no nosso Estado, no nosso País. Já tive o
privilégio de, muitas vezes, participar de alguns desses trabalhos em
presídios, em comunidades, pois muitas vezes, muitas pessoas deixam de lado e
ficam felizes de estar participando desta homenagem. Sei o quanto a Assembleia
de Deus representa hoje na nossa sociedade, então estamos apoiando, Ver.
Sabino, e te parabenizando por esta iniciativa. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento n° 013/13.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, vou falar um pouco
sobre a proposta do Ver. Elizandro, depois de ouvir as manifestações que até
agora aqui se fizeram, meu caro Presidente, compreendendo a importância desta
proposta, Vereador. Há bem pouco tempo, quatro ou cinco dias atrás – todos nós
aqui temos as nossas religiões –, eu estava conversando sobre drogas. Uma
cidadã de Porto Alegre me disse o seguinte: olha, Ferronato, desconheço quem se
livrou das drogas apenas com o uso de outras drogas - remédios. E me disse
mais, que ninguém se livrou das drogas apenas com ações clínicas. Para concluir
ela me disse: todos os que eu conheço – Ver.ª Luiza – que se livraram das
drogas se ampararam, com uma força da alma extraordinariamente forte, na religião.
E eu concordo. Concordo e vi, dia desses, uma pequena manifestação sobre aquela
forçada lá de São Paulo, de que o drogado tem de ir necessariamente para o
tratamento clínico. Eu não sou especialista no tema, talvez, possa ser uma das
possibilidades; agora, concordo com todo a tranquilidade, que é a força do ser
humano internamente, junto com a sua consciência, com muita força, amparado por
um sentimento religioso bastante grande, é um dos caminhos, talvez, o mais
eficaz, não vou dizer o único para não radicalizar, mas um dos grandes caminhos
para tal libertação dessa prática. Por isso eu quero dizer que estamos aqui, em
meu nome, eu nome do Ver. Paulinho Motorista, em nome do nosso Partido, e que
vamos votar favoravelmente por tudo que aqui foi dito e também por essa
reflexão que aqui faço. Um abraço a todos e obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 013/13, de autoria do
Ver. Elizandro Sabino (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Quero cumprimentar aqui a Caroline Vendruscolo,
minha sobrinha, e a Andréia minha filha, duas Advogadas que nos visitam. Este é
o papai bobão e o tio bobinho - nepotismo.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 035/13 – (Proc. nº 0616/13 – Ver. Engº Comassetto) – requer a
constituição da Frente Parlamentar pela Reforma Urbana.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 035/13, de autoria do
Ver. Engº Comassetto. (Pausa.)
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 035/13.
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público presente
nas galerias, público da TVCâmara. Quero apenas deixar registrada aqui, Ver.
Márcio Bins Ely, meu Líder, a nossa posição. Na realidade não podemos votar
contra um Requerimento como este, mas podemos dizer ao Ver. Comassetto, que não
está aqui no momento, ele deve estar atendendo no seu gabinete, que a Frente
Parlamentar da Reforma Urbana poderia ter sido feita, Ver. Clàudio Janta, nosso
Vice-Líder, há muito mais tempo, e não agora em nosso Governo, Ver. Paulinho
Motorista.
O Ver. Comassetto tem se baseado bastante nessa
área, aqui na Casa, mas já houve o Governo do PT aqui, e ele não propôs essa
Frente. Então, nós deixamos aqui a
posição do PDT: somos favoráveis, mas acho que com atraso. O Ver. Comassetto já
deveria ter proposto isso há mais tempo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 035/13.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Quero fazer um apelo aos Vereadores a respeito da importância dessa
Frente Parlamentar. O Ver. Engº Comassetto faz este Requerimento por sabermos
das dificuldades, no nosso Município, da quantidade de vilas irregulares que
nós temos, então há necessidade de diálogo que, sabemos o quanto tem avançado,
mas há necessidade de fazer esta discussão.
Aproveito, Presidente, para parabenizar a Sra.
Regina Becker, que assume hoje como Secretária da SEDA, uma Secretaria que eu
já dizia que foi criada para a Dona Regina Becker. Então, quero parabenizar a
Dona Regina Becker que, de fato, já era Secretária, e agora, de direito,
assume. Parabéns, agora o Prefeito teve coragem depois da reeleição. Muito
obrigado.
(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Por favor.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Presidente, gostaria que fosse assegurado o meu tempo.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu estou sem condições de cortar o microfone do
senhor, senão já teria cortado.
Há uma questão que eu preciso explicar aqui aos
Vereadores. Sempre que há um Vereador na tribuna, a gente deve deixar ele
terminar a sua fala para depois fazer o encaminhamento de Questão de Ordem ou
Requerimento. Então, por favor. E com há um Presidente, respeitem o Presidente,
respeite o Presidente. E V. Exa., que pediu para falar, se atenha ao assunto, por
favor, porque, se o senhor não se ater ao assunto, este Presidente,
obrigatoriamente, terá cortar o som do microfone.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Então, voltando à pauta, quero dizer que contamos, então, com os
Vereadores para aprovar essa Frente Parlamentar do Ver. Comassetto, pela
importância, pela grande quantidade de vilas irregulares que nós temos em nosso
Município. Então, acho que é de suma importância a aprovação dessa Frente
Parlamentar. E quero dizer, mais uma vez, ao Ver. Mario Fraga que parabenizo a
atitude e a coragem do Prefeito, parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Muito obrigado, Ver. Mauro Pinheiro, até pela
compreensão, pedi que tivesse compreensão com o Presidente e recebi o seu
apoio. Fico muito feliz quando os colegas compreendem as dificuldades que,
muitas vezes, quem preside acaba enfrentando para tentar contemplar o Regimento
e a liberdade de todos que se inscrevem e que tem oportunidade de se
inscreverem.
Em votação o Requerimento nº 035/13. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Eu gostaria de lembrar aos colegas Vereadores que o
Presidente da Casa não está presidindo porque está tentando buscar de volta os
valores que esta Casa devolveu ao Executivo ao longo dos anos para consertar o
nosso ar condicionado, Ver. Janta, V. Exa. que tem estado preocupado e com
muita razão, como todos aqui.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 034/12 – (Proc. nº 0956/12 – Ver. Márcio Bins Ely) – requer a constituição de Comissão Especial destinada a analisar
e propor alterações na legislação acerca da criação, delimitação e consolidação
de bairros no Município de Porto Alegre.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 034/12, de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely. (Pausa.)
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
encaminhar o Requerimento nº 034/12.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo, na pessoa de V. Exa. quero
cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos
assiste nas galerias e na TVCâmara, senhoras e senhores. Venho à tribuna para
encaminhar o Requerimento de autoria deste vereador, que solicita a
constituição de comissão especial destinada a analisar e propor alterações na
legislação acerca da criação delimitação e consolidação de bairros no Município
de Porto Alegre. Quem acompanhou o nosso trabalho em 2012 e no final de 2011
percebeu que lá da Secretaria do Planejamento nós tivemos um grande empenho no
sentido de viabilizar esse realinhamento na questão da consolidação dos bairros
em Porto Alegre. Temos algumas regiões da Cidade, Ver. Mario Fraga, que não têm
a denominação de bairro. Cito um exemplo: a Pitinga, que fica entre a Tinga e o
Pinheiro, aquela área não tem denominação de bairro. Está se propondo ali a
criação do Bairro Pitinga. Por exemplo: no Alto Petrópolis, o bairro Protásio
Alves, o Morro Santana, aquela região ainda não tem uma delimitação estabelecida
e não tem nome de bairro. Temos algumas regiões da Cidade que não têm nome de
bairro. A Comissão está propondo Comissão Técnica do Poder Executivo uma
análise a respeito dessa situação que envolve os bairros na Cidade. Acho
oportuno e trago aqui algumas outras situações, trago um exemplo, Ver. Idenir
Cecchim, do Bairro Jardim Itu-Sabará, mas a população que vive ali no entorno,
uns dizem que moram no Itu, outros dizem que moram no Sabará. Então, a proposta
da Comissão técnica da Prefeitura é que dividíssemos o Bairro Jardim Itu-Sabará
em dois bairros e não só isso, mas também ali, durante as dez audiências
públicas que promovemos aqui na Câmara, Ver. Paulo Brum, durante o mês de março
de 2012, coordenada a partir das oito regiões de planejamento representadas
pelos seus delegados, mas também pela sociedade civil organizada, várias outras
situações foram surgindo. Trago aqui outro exemplo: a criação do Bairro Parque
Germânia, a criação do Bairro Jardim Planalto, o próprio Centro Histórico, o
Bairro Centro, o Bairro Marcílio Dias, por exemplo, é um bairro que não tem
habitantes, então talvez ele não tenha a razão de existir, ele pode muito bem
ser suprimido, por que não? O que poderemos propor para as ilhas, e também
surgiu um debate importante sobre as ilhas, Delegado Cleiton. Nós temos ali nas
ilhas a denominação de bairro Arquipélago. Mas por que não ter o ali o bairro
Ilha dos Marinheiros, Ilha das Flores, Ilha da Pintada? Então, tudo isso passou
a fazer parte de um grande apanhado de sugestões, de contribuições que estão
sendo apreciadas ao longo da tramitação ainda no Executivo. Na fase em que de
encontra no Executivo, o Projeto ainda diz respeito a contribuições das Regiões
de Planejamento e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental. Nós
temos bairros ali na Zona Sul, como o Aberta dos Morros; outros bairros que
ainda têm conflitos com relação a sua extensão, a sua supressão. Pessoas que
moram ali na ponta do Belém Velho que gostariam de que ali não fosse bairro
Restinga, Ver. Mario Fraga, que fosse Belém Velho, aquela pontinha que não fica
lá no núcleo da Restinga, e outras situações que eu acredito que os Vereadores
podem contribuir muito para o debate. Por isso, dentro da ordem, do protocolo e
das aprovações, a nossa Comissão está em quarto na apreciação, deliberação da
Câmara, se for aprovado agora, por isso venho aqui pedir o apoio dos
Vereadores, e aí nós teremos os 90 dias de tramitação nas outras Comissões,
iniciando o trabalho ali pelo mês de maio a respeito desse assunto, que acho
oportuno e para o bem da Cidade, com a nossa contribuição, a contribuição da
Câmara. Pela atenção, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 034/12.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, muito obrigado; Ver. Idenir Cecchim, nosso Líder,
obrigado pelo tempo de liderança da nossa Bancada; Ver. João Derly, nós, na
Legislatura passada, aprovamos aqui a criação de um bairro novo, Ver. Villela,
o bairro Jardim Isabel. Encaminhamento lá da Secretaria do Ver. Márcio Bins
Ely, mas que representava, na verdade, Ver. Jussara Cony, a aceitação, o
reconhecimento de que a Cidade, de fato, vai tendo vida própria, a Cidade é uma
espécie de organismo vivo, os bairros vão se constituindo. Ainda ontem, lá na
CEFOR, o Ver. Villela nos brindou com uma expressão trends urbanas, que é exatamente isso: se cria a infraestrutura,
como foi o Shopping Iguatemi, há 20, 25 anos, naquela região, era um
descampado; se criou uma estrutura, que foi o shopping, que foi um emulador do desenvolvimento daquela região.
Então, a Cidade tem bairros e bairros, V. Exa. falou o nome de vários novos
aqui, que precisam ser reconhecidos, delimitados. Mas o que é mais importante
que eu queria falar, Ver. Janta e Ver. Cleiton, é que precisa ter serviço
público! Mais do que reconhecer, como numa municipalidade, que a gente
reconhece a existência de um Município, e, a partir daí, por força de lei, nós
temos que instalar delegacia de polícia, bombeiros, fórum, serviço judiciário,
todos os serviços públicos, um bairro também precisa.
V. Exa. falava em alguns bairros aqui, e eu quero
me reportar à sua fala, à sua propositura e ao programa Conversas Cruzadas de
ontem, com a participação do Ver. Clàudio Janta. Se nós vamos ter novos
bairros, nós precisamos ter transporte público, Ver. Paulinho Motorista, V.
Exa. que é vindo e, certamente, tem um grande trabalho nessa área, porque, se
não fosse assim, não estaria aqui na Câmara. Mas tem bairros aqui, como ele
citou, o Jardim Planalto, lá no extremo, perto do Porto Seco, da FIERGS, para
onde foi transplantada a Vila Dique e adjacências, em que condomínios privados
e investimentos públicos geraram aglomerações urbanas, e nós não temos lotação,
nós não temos ônibus, há dificuldade de acessar. Então, precisa se pensar no
transporte público. E, falando em transporte público, temos que apoiar a
propositura do Ver. Janta de ter um banheiro, pelo menos, no início da linha ou
no final da linha. Para os táxis, nós temos que ter banheiro em parada de táxi,
em todas as paradas, se possível, dos táxis. E tem equipamento para isso, Ver.
Villela! Então, se nós vamos pensar na requalificação dos bairros, na
redelimitação dos bairros, ao mesmo tempo, nós temos que também continuar
engajados nessa luta que é levar para esses novos bairros os equipamentos, a
infraestrutura, o que é tão necessário e, muitas vezes, falta.
Eu
aproveito esse gancho, esse ensejo para vir à tribuna e dizer que vou votar favoravelmente,
porque acho que é uma ação importante, tenho certeza de que o PMDB vai
acompanhar nesse sentido, mas também vai cobrar do Executivo outras questões
que são complementares, como é a questão que está lá com a Secretária Izabel
Matte, do GPE, que é a questão do mobiliário urbano, que trata das paradas de
ônibus. O assunto aguarda ou dormita há três anos, há quatro anos e precisa
avançar. Já cobrei uma vez aqui na tribuna e volto a cobrar. Por favor,
Prefeito, mande para cá, o quanto antes, ou mande para a rua a licitação do
mobiliário urbano. São cinco mil paradas de ônibus em Porto Alegre. Hoje
tivemos uma chuva enorme na Cidade; quem está embaixo de uma parada dessas
recebe a chuva como se estivesse sem proteção. Por quê? Porque, infelizmente, a
EPTC não tem condições de fazer as paradas que são necessárias. Então, nós
temos que fazer uma espécie de PPP, que é o que está apensado lá na licitação
do mobiliário, em que três mil paradas vão ser para exploração de publicidade,
com contrapartida de um serviço público essencial, que é para dar conforto,
Ver. Waldir Canal, para a população, para poder sentar ali naquela parada, não
ficar no sol, não ficar na chuva, e duas mil, duas mil e quinhentas vão ficar
com a municipalidade, que vai se desincumbir de três mil, mas que deve
fiscalizar essas três mil. Vai sobrar dinheiro para, pelo menos, fazer parada
decente, para ter licitação para o lotação, para mais táxis na Cidade.
Enfim, precisamos ter, ao mesmo tempo em que
discutimos novos bairros, serviços, infraestrutura, ruas e qualidade de vida
nesses novos bairros que a Cidade vai ter, Ver. Airto Ferronato. Por meio da
sua pessoa, que é o nosso Líder aqui, o Líder do Governo, eu peço: cobre do
Executivo que, o quanto antes, neste primeiro semestre, saia para a rua a
licitação do mobiliário urbano. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 034/12.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; na verdade, falo
aqui em nome de uma Comissão Permanente, que é a CUTHAB. É interessantíssima a
preocupação do meu colega de Bancada, mas, avaliando o que foi dito aqui pelos
colegas, inclusive pelo Valter, creio que essa discussão deva ser levada – e já
está sendo avaliado isso – para uma Comissão Permanente, não para uma Comissão
Especial, que terá gastos e transformações. Uma Comissão Permanente, até pela
necessidade que temos de transformar Porto Alegre, que está crescendo,
inclusive, falo pela Zona Sul, de uma forma acelerada, face à especulação
imobiliária. Então, creio que, salvo melhor juízo, e convido, inclusive, o
colega Márcio Bins Ely a participar das audiências da CUTHAB para reforçar esse
sentimento que é do nobre colega. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio
Janta, o Requerimento nº 034/12. (Pausa.) APROVADO
por 18 votos SIM e 03 votos NÃO.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 16h31min): Encerrada a Ordem do
Dia.
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3549/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 185/11, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que
dispõe sobre a obrigatoriedade da realização de audiência pública para
definição de medidas mitigatórias e compensatórias e de contrapartidas, em caso
de implantação de empreendimentos de Impacto Urbano de 1º ou 2º Grau, e dá
outras providências.
PROC.
Nº 3789/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 207/11, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que
obriga os órgãos e as entidades dos Poderes Legislativo e Executivo Municipais
a destinarem no mínimo 20% (vinte por cento) da verba reservada à publicidade
oficial para a publicação de obras, anúncios, editais, programas, serviços e
quaisquer campanhas de interesse público em jornais alternativos e em rádios
comunitárias.
PROC.
Nº 0328/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 007/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Olmiro Duarte o logradouro público cadastrado conhecido como
Passagem Um Arnaldo Ballve-Paul Harris, localizado no Bairro Jardim Itu Sabará.
PROC.
Nº 0603/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 004/13, que autoriza a desafetação de bem
público municipal e posterior doação ao Departamento Municipal de Habitação
(DEMHAB).
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0951/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 038/06, de autoria da Verª Mônica Leal, que
dispõe sobre a inserção de mensagens educativas, relativas à preservação
ambiental, em material impresso do Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 2722/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 059/12, que autoriza o Poder Executivo a
contratar financiamento junto à União, por meio da Caixa Econômica Federal, na
qualidade de agente financeiro, e oferecer garantias, na forma que indica, e dá
outras providências.
PROC.
Nº 0602/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 003/13, que declara de utilidade pública a
Fundação Luterana de Diaconia.
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Eu uso a Pauta de hoje para duas coisas. Primeiro, para reafirmar a
necessidade de nós apoiarmos o Projeto da Ver.ª Mônica Leal, que é de extrema
importância para o futuro do planeta e da nossa Cidade, pois se trata da
inclusão de mensagens educativas em todos os materiais em nosso Município sobre
as questões de preservação ambiental. A outra questão é a proposta do Ver. Engº
Comasseto: que o Município destine 20% da verba de publicidade para os pequenos
jornais, jornais de bairro.
A Sra. Lourdes
Sprenger: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Janta,
obrigada pelo aparte. Este Projeto educacional da Mônica é muito importante. Eu
queria acrescentar que nesta campanha também seja feita uma campanha contra o
abandono e maus-tratos aos animais domésticos porque, embora eles estejam
inseridos no meio ambiente, normalmente se trata mais de animais de outras
espécies.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: É um fator que a gente vê na nossa Cidade. Durante a campanha, acredito
que todos os colegas viram o que tinha de cachorro nesta Cidade, nas grandes
vilas de Porto Alegre sendo maltratados e em condições absurdas. Uma nova raça
de cachorro está surgindo na nossa Cidade. Eu acredito que é pior que o pit bull, é uma mistura de rottweiler com pit Bull, com não sei o quê,
que chega a dar medo na pessoa. As pessoas me perguntavam se eu tinha medo da
bandidagem, mas a única coisa que eu temia na campanha era esse tipo de animal
que está surgindo em nossa Cidade. Então, uma preocupação grande que existe na
nossa Cidade é o abandono aos animais.
A Sra. Mônica
Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Clàudio Janta,
eu quero agradecer o seu apoio, a sua manifestação. Este Projeto realmente é
muito importante. Eu venho da área do jornalismo, da comunicação, sei que a
cultura, a forma de comunicar... é a educação. Nós precisamos, de todas as
formas, colocar esta questão do impacto ambiental; o mundo inteiro passa por
isso, então Porto Alegre precisa dar o seu exemplo. Dessa forma, eu quero fazer
um agradecimento aqui também, utilizando este tempo, porque, quando usei a
tribuna da outra vez, não agradeci como deveria a todos os Vereadores que estão
se manifestando e apoiando. Obrigada.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: É uma honra para esta Casa ter este exemplo seu, a Cidade é que tem que
agradecer a sua iniciativa, acho que isso ajuda no futuro. Nós é que temos que
agradecer à senhora.
Principalmente, eu acho que nós temos que ajudar a
pequena empresa a crescer, e acho que esse Projeto é de grande importância para
a pequena empresa. Destinar 20% da mídia do nosso Município para as pequenas
empresas proporciona o crescimento da pequena empresa. É aquele jornal de
bairro, é aquele que chega à casa das pessoas...
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver.
Janta. É importante, é muito importante mesmo, parabéns. Esses pequenos jornais
é que trazem tudo sobre o amador, tudo sobre as vilas, sobre os bairros, esses
jornais são muito lidos. Eu sempre acompanho o jornal A Voz do Povo, o Jornal
do Centro, tudo isso, porque esses jornais trazem detalhes sobre as
comunidades, sobre o que estão fazendo nas comunidades. Então, parabéns!
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Eu acho, então, que nós devemos ajudar esse meio de se chegar ao povo,
de se chegar aos operários, até porque a grande mídia já tem os grandes
anúncios aí, vivem anunciando o dia inteiro em suas páginas. Assim, acho que a
Prefeitura deve destinar 20% do que gasta em mídia a esse público.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino, venho aqui à tribuna para debater dois Projetos do nosso colega
Ver. Engº Comassetto, nosso Líder de Bancada. O primeiro é o PLL nº 185/11, que
traz obrigatoriedade da realização de audiências públicas para a definição de
medidas mitigatórias e compensatórias e de contrapartidas no caso de
empreendimentos de Impacto Urbano de grau um e dois.
Achei importante
fazer a defesa e o destaque desse Projeto de Lei no momento em que a nossa
Cidade recebe um número enorme de grandes empreendimentos. A nossa Cidade,
assim como todo o País, vive, neste momento, um grande crescimento imobiliário.
E é fundamental, num momento em que o Executivo Municipal inclusive tem tido
dificuldades, talvez até pela quantidade de empreendimentos, creio eu, no
diálogo com os empreendedores, para realmente implementar as medidas
compensatórias dos grandes empreendimentos. É o caso da Arena, que temos
debatido muito aqui na Casa e em que se fez um termo circunstanciado e já uma
pactuação, primeiro, entre a Prefeitura e a OAS. Em razão do não cumprimento
dessas medidas, o próprio Ministério Público vem, neste momento, exigir que a
Prefeitura cobre do empreendedor, que faz um investimento importantíssimo e
muito bem-vindo para a nossa Cidade.
Mas é, sim,
responsabilidade e compromisso do empreendedor fazer compensação social na
própria vizinhança na qual ele vai instalar. É o caso da Arena e de todos os
dezoito prédios, shoppings, que são
muito bem-vindos para aquela área desde que a empresa faça as compensações, que
é um processo já consolidado na nossa Cidade.
O próprio shopping Rua da Praia, quando fez a sua
construção, Ver. Mauro, muitos anos atrás, fez toda uma reurbanização daquela
região, outros shoppings e
hipermercados fazem toda uma reurbanização, constroem praças, e a Arena, aquele
espaço que é o maior investimento que a nossa Cidade já viu, também precisa ter
esse compromisso.
E esse Projeto do Ver. Comassetto vem nesse sentido,
no de obrigar a realização de uma Audiência Pública para que não pairem dúvidas
sobre o que o empreendimento deverá trazer de medidas compensatórias, como,
infelizmente, é o que estamos vivendo na relação da OAS com a Prefeitura
Municipal. Creio que vai-se ajudar o Prefeito Municipal nesse tipo de processo,
para que a gente não precise ficar aqui apenas no debate da política e faça a
discussão dessas contrapartidas de maneira bem transparente.
O segundo Projeto, também do meu colega Comassetto,
destina 20% da verba reservada a publicidade e é um grande avanço para anúncios
e editais em jornais alternativos e rádios comunitárias. Eu acho que seria
muito bom, meu colega Sgarbossa, que adicionássemos os blogs e sites de Internet
nos quais os seus autores tenham residência aqui no Município de Porto Alegre,
para que eles também possam receber essa verba de publicidade institucional da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Isso é fundamental para a qualidade da
nossa democracia.
Enquanto que na Alemanha, na França e no próprio
Estados Unidos é vedada a propriedade por parte de vários meios de comunicação
cruzados, como rádio, Internet, e TV, aqui isso ainda é permitido e, ainda por
cima, o Governo é obrigado, pelo próprio TCU - o que eu considero um equívoco
-, a fazer destinação da verba de publicidade na proporção do Ibope, da
audiência ou da tiragem do veículo de comunicação, fortalecendo o monopólio, em
vez de a publicidade institucional fortalecer a diversidade da informação. A
Alemanha, infelizmente, aprendeu isso após a II Guerra, quando tivemos um
imenso monopólio da informação, e hoje a verba governamental serve para
difundir e fomentar a diversidade dos meios de comunicação.
E, encerrando, é disto que o nosso país, o nosso
Estado e a nossa cidade tanto precisam: informação independente, autônoma,
brotando e surgindo das ruas através de todos os meios de comunicação. Isso vai
fazer muito bem para toda a nossa democracia, para o nosso país e a nossa
Cidade. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): Obrigado.
Nada mais havendo a tratar, estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h44min.)
* * * * *